quarta-feira, 27 de julho de 2016

Look-brechó do dia: roupa velha é sempre o melhor pijama.

"A sociedade precisa começar a aceitar pijama como uma roupa normal pra sair de casa".

Quem nunca leu e, principalmente, compartilhou ao menos uma vez esse desejo íntimo e latente que a gente só tem coragem de expor no facebook onde (quase) tudo é tão fácil, fale agora ou nem comece a zuadar.
Na verdade, no meu caso, se Mainha não dissesse tanto que tem vergonha de me ver indo pros canto vestida assim, como se não tivesse um roupa que preste, eu usaria mais vezes. Na última vez que tentei sair de casa usando samba-canção, ela me fez voltar e trocar de roupa. Fiquei linda? Fiquei, claro. Mas de samba-canção eu tava linda e confortável.

Sou um grude nojento quando o assunto é roupa velha. Além de as roupas, indiscutivelmente, ficarem mais confortáveis com o tempo, eu acabo associando elas a alguns momentos e/ou pessoas e já era. Parece até que eu quero ser um livro, numa língua que só eu entendo, com uma história que só cabe a mim. Mas faço questão de ser. E, além do mais, roupa velha é matéria-prima pra melhor roupa que há: pijama. 

E aí tem as categorias: o pijama mesmo, que a gente compra bonitinho, o par ou o vestido, mas é quando dá aquela cagada no elástico ou aquele rasguinho na alça que a gente se apega com gosto, né não? Tem a camisa, grande, do namorado que fica sempre melhor na gente. Tem as camisas de candidatos a vereador ou das corridas do SESC. Tô agora na vibe da roupa velha e não tem quem me tire dela. Esse look, que eu já usei tanto, separado, pra sair, virou meu pijama mor. Principalmente nas noites em que as muriçoca tão com a gôta e num tem perna que aguente!!!



Um dia essa blusa, que comprei há uns 3 anos, teve uma gola "normal" e com elástico e as cores da estampa (que-eu-amo-e-não-é-pouco) já foram vivas. Já a calça que, se não me engano, comprei no meu primeiro ano da faculdade (doismilionze, caraaaca!), tava há muito tempo na gaveta das "eu sei que um dia vou usar" e não é que eu tava certa? Infelizmente pude constatar que ela tá muito mais folgada do que tava naquele ano, mas sejamos positivos e foquemos no conforto. As havaianas herdei da minha mãe que, depois de herdar da minha irmã, vacilou e deixou Apolo (nosso terremoto disfarçado de cachorro) dar umas mastigadinhas. Como ela ficou feínha, veio pra mim. Agora eu vou é pra todo canto com ela. Escondida também. Esse povo é cismado demais comigo, pense!

 

As fotos abaixo são exemplos claros de que esta que vos escreve nasceu cheia de jeito, charme, postura e desenvoltura pra falar de moda e fotografar looks. #sqn Não é que eu não consiga ficar um pouco mais parecida com gente. Eu consigo e nem preciso me esforçar muito. E até gosto. Mas eu faço é não fazer muita questão, mesmo. É que eu nasci assim, eu cresci assim...







E pra compor o look, os acessórios: As três fitinhas, de sempre, no braço: um fitilho, um escapulário e um colar de pedra branca. Um pomponzão pra amarrar o cabelo, antes de dormir (ou qualquer hora do dia que falta a paciência) tipo um abacaxi pra não amassar os cachos (aprendi com Rayza Nicácio e quero ser ela quando eu crescer).  O anel de formatura que eu perco e acho todo dia. E aquele cordão que não sai mais, que já prendeu mil vezes no cabelo, que eu cheguei no migo e disse "- que cordão lindo!" e ele: "- pega, agora é teu!" (migos, façam isso sempre). E um bom par de olheiras, porque se vamo falar de roupa de dormir e mendigar em casa, vamo falar direito.


Blusa: C&A | Calça: É no Ponto da Moda que a gente se vê  | Havaianas cor-de-nada: herdei de Mainha que herdou de Didinha.


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